terça-feira, 12 de novembro de 2013

Felipe Maia não acredita na reeleição de Rosalba: “Cenário é o pior possível” Filho do senador José Agripino, do DEM, também criticou a pressão que o PT tenta fazer no PMDB

 
Aliado da governadora, Felipe constata situação negativa da gestão do DEM. 
O deputado federal Felipe Maia (DEM) disse que a situação política da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) “está pra lá de difícil” e pôs em dúvida o projeto de reeleição dela. Segundo ele, para a gestora se candidatar à reeleição pelo DEM, precisará compor um arco de aliança com apoio de prefeitos e que favoreça a reeleição dos deputados da legenda. “Estaremos no palanque de Rosalba caso ela garanta isso, mas o cenário é o pior possível”, avaliou o parlamentar, segundo publicado pela colunista Daniela Freire, de O Jornal de Hoje.
Felipe negou informações de que o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, tem se preocupado exclusivamente com a reeleição dele ao desprezar a possibilidade de apoiar o projeto de reeleição de Rosalba, se aliando ao PMDB. “Não é isso. A coisa está sendo colocada de forma muito simplista de que tudo gira em torno de minha candidatura e não é isso”, afirmou o filho de Agripino, atualmente um dos 25 parlamentares do DEM na Câmara dos Deputados.
Segundo Felipe Maia, a preocupação de Agripino com a reeleição do único deputado federal do DEM no Rio Grande do Norte é a mesma que faz o presidente nacional do DEM se preocupar com a perda do mandato de Betinho Rosado, bem como com os mandatos dos demais deputados federais do DEM nos demais estados da federação.
Mesmo sem lembrar que cada deputado federal representa parcela considerável de recursos do Fundo Partidário e tempo de TV, Felipe explicou que a proposta de Agripino, para as eleições de 2014, é aumentar a bancada para 40 parlamentares. Neste sentido, a reeleição de Felipe é tida como prioritária. “Com a criação do PSD, Agripino tem o compromisso de, na eleição do próximo ano, trazer de volta à Câmara Federal algo em torno de 40 deputados federais. E eu sou um deles”, explicou.
Além da preocupação federal, Felipe destacou a necessidade de reeleição dos deputados estaduais do DEM. “Rosalba é candidata desde que ela consiga formar um elo de alianças que consiga buscar a eleição de deputados estaduais e federais. É preciso que ela garanta isso. Não estou falando só de mim. Temos os deputados Getúlio Rêgo, José Adécio e Leonardo Nogueira, na Assembleia, que precisam ser reeleitos”, enfatizou o parlamentar.


FÁTIMA E PMDB
 

Ao avaliar o quadro político, com a suposta aliança entre o PMDB e o PT, o deputado federal Felipe Maia atacou a deputada federal Fátima Bezerra (PT), tida como nome da aliança para o Senado, classificando de “caprichos” a intenção da parlamentar de vetar a aliança do DEM com o grupo. “Não há nada definido para a chapa majoritária. Claro que há conversas, mas definição nenhuma”, disse o deputado, concluindo: “A deputada Fátima Bezerra quer ser candidata a senadora excluindo automaticamente vários partidos da aliança, mas o PMDB não pode ficar cedendo aos caprichos de Fátima”.
Segundo Felipe, pelo mesmo raciocínio, o PMDB também não poderá querer ter candidato próprio ao governo do Estado, excluindo a vice-prefeita Wilma de Faria e o seu PSB do arco de aliança. A eliminação do PSB da aliança também é uma determinação da deputada federal Fátima Bezerra. “Acredito que o PMDB não irá ceder a isso, principalmente se Rosalba não for candidata”, afirmou. 


ENTENDA
 

As declarações de Felipe Maia confirmam o que vem sendo posto na imprensa nos últimos dias em relação ao acordo entre PMDB e PT para as eleições de 2014: a intenção do PMDB de se aliar ao PT, com o PMDB indicando o candidato a governador, o nome seria o do ex-ministro Fernando Bezerra (PMDB), e o PT a candidata ao Senado, Fátima Bezerra.
Entretanto, a intenção do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, seria agregar a esse palanque o DEM do senador José Agripino Maia, que se aliaria ao menos na proporcional (eleição de deputados estaduais e federais), e o PSB da ex-governadora Wilma de Faria, que também seria candidata à Câmara dos Deputados.
No entanto, o PT veta a participação do DEM na aliança, por questões programáticas e ideológicas, e do PSB, por motivação política – o PSB rompeu com Dilma e deve lançar Eduardo Campos a presidente da República.
Na verdade, o veto ao PSB atende mais ao projeto da deputada federal Fátima Bezerra, que é o Senado. A presença do PSB na aliança do PMDB com o PT no Rio Grande do Norte atrapalha a candidatura de Fátima, já que entre disputar o governo ou Senado, a preferência de Wilma de Faria é o Senado. 
Para Felipe Maia, portanto, “quanto mais Fátima fala sobre exclusão de partidos de oposição da chapa peemedebista, mais longe ela fica do Senado”. Na avaliação de Felipe Maia, com Rosalba fora de combate, Wilma e o vice-governador Robinson Faria (PSD) se uniriam numa chapa forte e adversária da criada pelos peemedebistas.

Fonte: OJornaldeHoje

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