Dilma recebe vaias ao participar da marcha dos prefeitos
Presidente anunciou mais de R$ 15 bilhões aos municípios, mas chefes do
Executivo municipal cobram aumento do porcentual dos repasses do Fundo
de Participação
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| Presidenta Dilma, Presidente da CNM Paulo Ziulkoski |
A presidente Dilma Rousseff (PT) foi vaiada por cerca de 4 mil prefeitos de todo o país nesta quarta-feira (10/7). Na ocasião a petista anunciava o repasse de R$ 15,3 bilhões aos municípios durante a 16ª marcha organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), tendo destinado também mais R$ 3 bilhões de ajuda para custeio da saúde e da educação, a serem transferidos em duas parcelas (uma no próximo mês e a outra em abril de 2014).
Em 2012, os chefes do Executivo municipal também vaiaram a presidente quando ela disse que as mudanças na distribuição dos royalties do petróleo valeria apenas para os novos contratos –– o que acabou por ser alterado pelo Congresso Nacional, acirrando os ânimos dos parlamentares dos Estados produtores e não produtores.
Dilma também anunciou nesta quarta o repasse do Programa de Atenção Básica (PAB), que soma mais R$ 600 milhões a serem divididos entre os municípios e o repasse de R$ 4 mil mensal por equipe de saúde, ao custo total de R$ 3 bilhões.
A presidente afirmou que mais R$ 5,5 bilhões serão destinados à ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS) –– o recurso, segundo Dilma, possibilitará que 11.800 postos sejam ampliados e a construção de outros seis mil, além de mais 225 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Para educação a presidente falou em R$ 3,2 bilhões, a serem usados na construção de 2.000 creches.
Os prefeitos cobram da presidente aumento de dois pontos porcentuais dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, formado por 23,5% da arrecadação do Imposto de Renda sobre Produtos Industrializados (IPI).
“Estes vários anúncios estão unificados em uma certeza que o Brasil só pode ir para frente se nós estivermos juntos e para estarmos juntos é preciso uma federação forte”, dizia a presidente ao ser vaiada.
Mas não foi só a presidente que foi alvo de vaias, o próprio presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, foi criticado pelos prefeitos ao discursar. Em resposta à Dilma, Paulo Ziulkoski disse que o objetivo da marcha é o desequilíbrio financeiro dos municípios. “O tema da nossa marcha é o desequilíbrio financeiro dos municípios. Não é da senhora. Vem de décadas”; e diante das vaias, criticou: “Até parece que somos uma manada irracional. O companheiro ali está histérico. Ouve, por favor.”
Antes de encerrar o evento com a participação da presidente, Ziulkoski disse, desta vez sendo aplaudido: “Eu não saio contente. Vocês acham que estou contente? Mas para que vaiar? O que vamos arrumar? Vamos pensar na eleição ou vamos pensar na nossa gestão? Não é o que queremos, mas foi o possível. Se não for assim, não vinha nada”.
Em 2012, os chefes do Executivo municipal também vaiaram a presidente quando ela disse que as mudanças na distribuição dos royalties do petróleo valeria apenas para os novos contratos –– o que acabou por ser alterado pelo Congresso Nacional, acirrando os ânimos dos parlamentares dos Estados produtores e não produtores.
Dilma também anunciou nesta quarta o repasse do Programa de Atenção Básica (PAB), que soma mais R$ 600 milhões a serem divididos entre os municípios e o repasse de R$ 4 mil mensal por equipe de saúde, ao custo total de R$ 3 bilhões.
A presidente afirmou que mais R$ 5,5 bilhões serão destinados à ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS) –– o recurso, segundo Dilma, possibilitará que 11.800 postos sejam ampliados e a construção de outros seis mil, além de mais 225 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Para educação a presidente falou em R$ 3,2 bilhões, a serem usados na construção de 2.000 creches.
Os prefeitos cobram da presidente aumento de dois pontos porcentuais dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, formado por 23,5% da arrecadação do Imposto de Renda sobre Produtos Industrializados (IPI).
“Estes vários anúncios estão unificados em uma certeza que o Brasil só pode ir para frente se nós estivermos juntos e para estarmos juntos é preciso uma federação forte”, dizia a presidente ao ser vaiada.
Mas não foi só a presidente que foi alvo de vaias, o próprio presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, foi criticado pelos prefeitos ao discursar. Em resposta à Dilma, Paulo Ziulkoski disse que o objetivo da marcha é o desequilíbrio financeiro dos municípios. “O tema da nossa marcha é o desequilíbrio financeiro dos municípios. Não é da senhora. Vem de décadas”; e diante das vaias, criticou: “Até parece que somos uma manada irracional. O companheiro ali está histérico. Ouve, por favor.”
Antes de encerrar o evento com a participação da presidente, Ziulkoski disse, desta vez sendo aplaudido: “Eu não saio contente. Vocês acham que estou contente? Mas para que vaiar? O que vamos arrumar? Vamos pensar na eleição ou vamos pensar na nossa gestão? Não é o que queremos, mas foi o possível. Se não for assim, não vinha nada”.
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