quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mais protestos em SP

Atos contra cartel têm tentativas de invadir Assembleia e Câmara em SP


No Centro, grupo tentou derrubar grade e revidou ação da PM na Câmara.
Na Assembleia, bombas de efeito moral deixaram feridos.

Manifestantes usam spray de pimenta contra policiais durante confusão na Câmara Municipal em SP 

Duas manifestações realizadas nesta quarta-feira (14) contra supostas irregularidades em contratos do Metrô deSão Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) começaram pacíficas e terminaram com tentativas de invasão aos prédios da Câmara Municipal, no Centro, e da Assembleia Legislativa, na Zona Sul da capital paulista.
Os manifestantes foram repelidos nos dois atos por policiais militares, que utilizaram bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Os tumultos foram registrados na noite em que o Movimento Passe Livre (MPL), apoiado por entidades sindicais, organizou protesto pedindo a investigação das denúncias de cartel em licitações no governo paulista e melhorias no transporte público de São Paulo.

A concentração do ato convocado pelo MPL, com apoio do Sindicato dos Metroviários, ocorreu a partir das 15h no Vale do Anhangabaú. Cerca de 1,5 mil manifestantes percorreram as ruas centrais da capital durante o protesto. Na Rua Boa Vista, atearam fogo a um boneco e a uma catraca de ônibus.

Os manifestantes percorreram ruas do Centro e seguiram até a Praça da Sé, onde se dividiram em pequenos grupos, de acordo com a Polícia Militar, e protagonizaram quebradeira contra o patrimônio em vias da região central. Um manifestante detido foi levado para o 1º Distrito Policial por danos ao patrimônio, desacato, apologia ao crime e porte de entorpecente, segundo a polícia.

Um dos grupos seguiu para a Câmara Municipal e houve confronto seguidos por atos de vandalismo. Vidros da fachada do prédio foram quebrados com pedras. No Viaduto Jacareí e na Rua Maria Paula, os manifestantes atearam fogo a sacos de lixo, formando barricadas para bloquear o tráfego de veículos.

Na Avenida Liberdade, um dos grupos depredou vidros de agências bancárias, de acordo com a PM. Houve quebra-quebra também na Rua 24 de Maio. Ao menos 10 manifestantes conseguiram invadir o prédio do legislativo municipal, onde permaneceram até as 21h desta quarta-feira. Depois, eles deixaram a Câmara e se dispersaram.
Confusão entre policiais e manifestantes diante da
Alesp (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press)
Tumulto na Assembleia
Na Assembleia Legislativa, na região do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, ao menos 600 manifestantes entraram no prédio e se dividiram por dois auditórios para acompanhar o trabalhos dos parlamentares, segundo a PM. O grupo reivindicava a criação de uma CPI para investigar o suposto cartel nas licitações do Metrô de São Paulo.
Ao menos três manifestantes ficaram feridos após a PM tentar dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral. Gilson Sofia de França e Ednalva Franco foram feridos na perna e socorridos na enfermaria da Casa. Outra mulher, Severina Gomes do Amaral, foi atingida no olho e acabou levada a um hospital da região.
O major Sérgio Watanabe afirmou que não foram disparados tiros de bala de borracha contra os manifestantes. Um dos feridos, no entanto, mostrou aos jornalistas três balas desse tipo que teriam sido disparadas contra o grupo.
Deputados estaduais disseram que as bombas teriam sido lançadas em direção aos manifestantes durante negociação para definir quem podia entrar na Assembleia e acompanhar os trabalhos dos parlamentares. O major Watanabe justificou a ação afirmando que o grupo não aceitou acordo proposto pelos próprios deputados para a entrada de um número limitado de manifestantes.
O presidente da Assembleia Legislativa, Samuel Moreira, disse no plenário que não houve abuso na tentativa de conter a invasão dos manifestantes. "Há preocupação intensa de não haver abuso de autoridade. Essa Casa sofreu, especialmente no dia 2, ameaça de invasão. Adotou regras dentro do regime democrático e legal", afirmou. Não chegou a haver confronto entre manifestantes e os policiais.

Nos dois atos, ao menos três pessoas foram detidas - um encaminhado ao 1º distrito policial e outros dois ao 78º distrito - e cinco policiais tiveram ferimentos leves, segundo a PM.

Manifestantes entraram em confronto com a polícia em frente à Câmara

Fonte: Portal G1

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