domingo, 10 de março de 2013

A morte de dona Sally Faria deixa uma lacuna na história política de Wilma de Faria

Dona Sally Faria, aniversariante de amanhã.

A morte de dona Sally Faria deixa uma lacuna na história política de Wilma de Faria, a prefeita de Natal que deixou o cargo para arriscar uma campanha desacreditada para o governo do Estado, depois de ouvir da mãe que ela enfrentasse o desafio.
Na campanha de 2002, quando disputou o governo pela primeira vez, Wilma ouviu assessores e amigos, foi orientada a continuar na Prefeitura, não renunciar. A campanha seria difícil e, certamente, derrotada, vez que as pesquisas apontavam uma posição de 3 pontos apenas…
Da reunião com assessores, Wilma passou na casa da mãe antes de seguir para a Prefeitura, onde faria um pronunciamento já agendado.
Ouviu da mãe que deixasse a Prefeitura e assumisse o risco.
E assim fez, surpreendendo a todos quando, no pronunciamento, em vez de dizer que ficaria prefeita, renunciou ao cargo.
Essa foi uma das muitas histórias da mãe conselheira que se tornaram públicas.
Na quarta-feira dessa semana, falando da mãe, a vice-prefeita Wilma dizia que ela tinha reagido muito bem à morte da irmã, Maria Micas, de 95 anos, ocorrida no dia 10 de fevereiro, há exatamente 1 mês.
“Mamãe se preparou para morrer”, dizia Wilma, afirmando que a mãe estava lúcida e que havia reagido com naturalidade à morte da irmã. Mas, explicando que, apesar da lucidez, ela não discutia mais sobre política como sempre fazia.
“Ela só me diz assim: Wilma você não está bem, leio pouca coisa sobre você”, dizia Wilma na quarta-feira.
Ontem dona Sally, aniversariante desta segunda-feira, quando faria 88 anos, foi à missa de trigésimo dia da irmã Maria.
E hoje resolveu ir ao seu encontro.
Quase que por vontade própria, como sempre fez a mulher forte e decidida.

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