Partidos de oposição, com o apoio do chamado "blocão" - que é capitaneado pelo PMDB -, impuseram mais uma derrota à base do governo na Câmara nesta quarta-feira (12), com a aprovação de diversos requerimentos de convite e convocação de ministros.
A maior parte deles foi aprovada na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, mesmo com posição contrária do PT.
A Comissão também aprovou convites para a vinda da presidente da Petrobras, Graça Foster, para prestar esclarecimentos sobre contratos firmados com a empresa SBM Offshore; e do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para falar sobre o regime de contratação dos médicos cubanos pelo governo brasileiro.
A oposição quer esclarecimentos sobre denúncias de que a empresa SBM Offshore, com sede na Holanda, teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas.
Para o deputado José Guimarães, do PT do Ceará, a relação de convivência na base chegou a temperatura máxima.
"Evidentemente que esse não é o melhor caminho. A oposição aproveita esse momento de tensão na base para convocação de ministros. Mas entendo que essas convocações têm objetivos políticos"
O líder do Democratas, deputado Mendonça Filho, de Pernambuco, autor de alguns dos requerimentos aprovados, afirmou que a vinda do alto escalão do governo vai ser uma oportunidade para debater diversos temas relevantes para o país.
"Vamos discutir a crise energética, a suposta corrupção na Petrobrás, a contratação dos médicos cubanos. Temos uma grande quantidade de temas relavantes"
Em relação aos desentendimentos na base do governo, Mendonça Filho observou que a "temperatura" na casa nunca esteve tão alta.
"O governo perdeu o controle da sua base no parlamento. O nível de beligerância envolvendo partidos da base é forte e isso vai repercutir no dia a dia da casa" 00:49
Nesta quarta-feira também foram aprovados convites para a vinda dos ministros da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; e das Comunicações, Paulo Bernardo, e de Minas e Energia, Edison Lobão. Ao todo, 10 ministros serão ouvidos em comissões da Câmara.
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