quinta-feira, 13 de junho de 2013

Senador Jose Agripino

Agripino comenta crédito para compra de eletrodomésticos no Minha Casa Minha Vida


casa
O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), disse temer o aumento da inadimplência entre os beneficiários do Minha Casa Minha Vida que passarão a ter crédito de R$ 5 mil para financiar móveis e eletrodomésticos. Afinal, acrescentou o senador, os juros são pesados para quem ganha pouco: 5% ao ano e prazo de 60 meses para pagar. Nesta quarta-feira (12), a presidente Dilma Rousseff anunciou que todos os beneficiados pelo financiamento do governo federal receberão um cartão magnético que será operado pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil e com o qual poderão adquirir o que desejarem dessa cesta de produtos.

“Você oferecer oportunidade às famílias pobres de terem em casa a geladeira, o fogão é ótimo, agora às custas de uma bomba de efeito retardado é outra conversa. A família, em um primeiro momento, tem alegria de ter o fogão, a geladeira, mas, em um segundo momento, pode ficar inadimplente, devedora”, disse José Agripino. O programa espera atingir 2,4 milhões de moradias até o fim de 2014, e já contratou 1,96 milhão de casas. Com a medida, o governo estimula o consumo em momento de alta inadimplência.
Uma das maiores preocupações da oposição é a de que o governo federal use o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na nova linha de crédito. O temor de que recursos do FGTS sejam usados no novo programa se justifica pelo histórico dos últimos anos. Segundo dados do Conselho Curador, desde março de 2012 o Tesouro Nacional segurou em caixa cerca de R$ 4 bilhões que deveriam ser repassados ao FGTS, relativos a receitas arrecadadas com o adicional de 10% do fundo pagos por demissões sem justa causa.
“O objetivo dessa linha de crédito é fazer com que as famílias tomem esse dinheiro emprestado, se endividem, não tenham renda para pagar e, mais do que isso, ativar a indústria brasileira que, por não ter competitividade, não tem a quem vender. É a indução da venda de um produto não competitivo, mais caro que o similar dos fabricantes fora do país”, frisou Agripino.



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