quarta-feira, 23 de julho de 2014

QUAIS OS TIPOS DE POLÍTICOS?

Faltam apenas 3 meses para os brasileiros escolherem quais serão os novos políticos a assumirem os cargos de deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente da república. Os debates ansiosos sobre as eleições de 2014 adotam um exercício muito comum nessa temporada de politicagem: o da futurologia.
Jantares, almoços e encontros às escondidas sinalizam acordos que serão selados ou desfeitos. Pior: essas reuniões podem significar uma conspiração.
Os videntes de plantão (que nesse caso são os jornalistas) enxergam apenas 2014 e fazem dos jornais um verdadeiro palco teatral, onde os atores mais competentes são premiados com sua própria visibilidade midiática. Os espaços dos veículos de comunicação como o jornal, a tevê e o rádio se transformam numa espécie de vitrine. É como se a variedade de políticos fosse pendurada em cabides e os eleitores seriam os clientes que escolheriam o produto.
Na verdade nos acostumamos com esse espetáculo. Nós somos a plateia que aplaude ou vaia. O teórico Roger-Gérard Schwartzenberg faz uma análise interessante em seu livro “O Estado Espetáculo”. Ele classifica os políticos em quatro tipos: o “Herói”, “igual a todo mundo”, “líder charmoso” e o “Nosso pai”.
Para o autor o “Herói”, "é o homem excepcional, fadado ao triunfo, e depois à apoteose. O homem das façanhas, do entusiasmo e da glória. Em suma: o ídolo proposto ao culto dos mortais" (1978:11). Às vezes, o político se envolve tanto nesse papel que até esquece quem realmente é, devido à frequência de estar atuando sempre num personagem.
Existe também o tipo “igual a todo mundo”, aquele que se parece com o público, cujo povo identifica imediatamente. Ele é "o campeão da normalidade, super-representativo e nenhuma das coisas corriqueiras lhe permanece alheia” (1978:43). 
Outro tipo classificado pelo autor é o do “líder charmoso”. Um homem que "cultiva a superioridade e a distância", mas também consegue se aproximar do povo devido sua simpatia e beleza.
E, por último, o "Nosso pai", aquele que podemos recorrer quando estamos tristes ou angustiados. Schwartzenberg acredita que existem dois tipos de "paizão": "aquele da autoridade paternal-heróica – a do chefe revolucionário ou do fundador da independência nacional, a quem se dá o nome de “pai da revolução”, ou “pai da pátria”, mas que se aproxima do herói – e a autoridade paternal de rotina – a do
sábio, “cheio de vivência e razão”, do “pai tranqüilo”, e próximo do homem ordinário"
(1978:84-86).
O tema política já é inspiração para fazer minha monografia e quem sabe até um mestrado!!!

Larissa Araújo

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